Foi dada a largada para a eleição de Outubro próximo. As redes sociais começam a exibir fotos com composições partidárias impensáveis, em que se destacam os falsos sorrisos da conveniência temporária ou mesmo da sobrevivência política.
Estatutos e programas partidários viraram definitivamente pesas de museus. Pensando bem, nunca foram levados a sérios. E não se está falando apenas dos chamados minoritários partidos de aluguel. As grandes siglas partidárias que polarizam via de regra as principais disputas eleitorais adotam a mesma prática.
Alguns casuísmos são emblemáticos na política do Rio Grande do Norte. Ver a combativa petista deputada federal Fátima Bezerra posando sorridente ao lado da ainda governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, é algo próximo do bizarro. Quando não precisava dos votos, a deputada federal repudiava ao extremo qualquer composição política com a rejeitada pelo seu próprio partido - o DEM - governadora Rosalba. Agora, disputando o "céu" (Senado Federal) com a forte candidata ex-governadora Wilma de Faria, Fátima não resistiu e se nivelou por baixo ao adotar as práticas as quais condenava de que o fim justifica os meios ou que em política vale tudo mesmo.
Outra excrescência do pleito que se aproxima é o candidato peemedebista deputado federal Henrique Alves ter como tema de sua campana ao governo do Estado, a MUDANÇA. Como se até há muito pouco tempo era parceiro e detentor de cargos no Governo do DEM, ferrenho adversário do Governo Federal do qual o PMDB é aliado? Coerência é um valor universal, não cabendo submissão a interesses regionais. O marqueteiro exagerou e com a anuência do candidato submestima ao mais desatento dos eleitores.
Costuma-se dizer que a Política é a arte do convencimento e sendo assim, há razoabilidade em a admitirmos como portadora de dinamismo. Distorceram o fundamento sociológico para algo como sendo a arte da conveniência.
No caso do Rio Grande do Norte, exageradamente dinâmica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário