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sábado, 8 de outubro de 2016

No Brasil II: STF decide que Francisco tenha tratamento igual a Chico

Plenário do STF: Decisão histórica contribui para combate à impunidade

                        Em decisão histórica e emblemática, o Supremo Tribunal Federal, nesta 4a feira, 5, manteve a prisão com  a condenação em segunda instância, portanto, após julgamento feito por um colegiado, no caso, um tribunal de justiça.


                        Constatado um empate de 5 ministros contra e 5 a favor, coube à presidente Cármem Lúcia exercer o chamado voto de minerva para desempatar o julgamento em favor da manutenção da decretação de prisão após a condenação. A diferença fundamental é que o condenado terá a garantia de entrar com outros recursos nos tribunais superiores, mas aguardará o julgamento dos recursos, já cumprindo a pena, seja em regime aberto ou fechado. 

                         Segundo o juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), decisões como esta do STF dão esperanças à sociedade  de que se  consiga acabar ou reduzir  a corrupção sistêmica no Brasil.


                         É notório o abuso dos recursos procastinatórios utilizados pelas defesas dos condenados, como forma de se buscar a prescrição das penas, livrando o condenado do seu cumprimento, resultando  na impunidade para aqueles detentores de poder econômico necessário a se chegar aos tribunais superiores. Como se sabe, esses tribunais não conseguem julgar em tempo razoável o volumoso número de processos a eles encaminhados. E "Justiça tardia, não é Justiça!", afirmam alguns juristas, com a compreensível e natural concordância das vítimas.

                         Para o povo, fica a nítida impressão de que alguns fatos recentes no país são alentadores e  indicam a proximidade do dia em que o pau que bate em Chico, baterá também em Francisco. 
                          
                         É o que está na Constituição Federal de 1988, em seu Artigo 5: "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".
 
                          Ser ou não ser, eis a questão.            

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