Eleições
2022: terrivelmente dinâmica
As eleições de outubro
próximo, a primeira pós Pandemia que sacudiu o país com suas consequências
negativas de toda ordem, como se não bastasse, revela uma característica que
embora não tão criativa assim, mas impactante pela excessiva dosagem da carga
de dinamismo imposta pelos políticos profissionais que a cada eleição se
superam, independentes de em qual sigla partidária estejam inseridos.
Experientes políticos já afirmaram, com inquestionável razão, que no Brasil, os
partidos são meras conjunções de letras. Mais de trinta! Outras três dezenas em
formação. Haja ideologias!
Os brasileiros que conseguem com
imenso esforço ter estômago para acompanhar o cotidiano político brasileiro,
especialmente em ano eleitoral, já acostumaram-se com o cínico argumento de
suas excelências, na insaciável busca conveniente para salvarem suas peles,
recorrerem às desgastadas afirmações de que na Política brasileira, “tudo é
possível e que vale tudo!”. Tudo, para obterem quase sempre, seus espúrios e
inconfessáveis objetivos. Suas práticas confirmam suas afirmações. Sem nenhum
pudor! Exceções? Difícil identificá-las.
É
imperioso o eleitor compreender que tratando-se da Política, como ciência ou
arte de convencer seus eleitores, as palavras e ações dos candidatos sejam
decisivos para definição do voto. Deriva daí os discursos inflamados e pouco ou
nada honestos com seus fiés seguidores. O complicador é a ausência total da lógica e
da coerência mínima entre o que se diz e o que descaradamente se faz.
Especialmente dos iniciantes que se auto denominam seguidores e praticantes da
nova política. Que nova? Já houve sim, tempos em que os protagonistas políticos
guardavam apreço pela palavra dada. Sejamos justos!
Nos dias atuais, três ou quatro anos são
suficientes para uma deliberada amnésia de inescrupulosa conveniência. De
“Bandido! Saqueador do Brasil! Quer voltar à cena do crime!” – para o bajulador
elogio rasgado: “A esperança do Brasil!” é um pulo! Inacreditável, mas está
gravado! E com indisfarçável
constrangimento, sobe em seguida no palanque, o mesmo da acusada cena do crime.
No plano estadual, não é diferente. Adversários ferrenhos e mutuamente
agressivos de 2018 se transformaram pela irresistível tentativa mágica de
salvar a própria pele, em sorridentes mas falsos companheiros de palanque.
Outras impensáveis tentativas de unir a água com o óleo se repetem Brasil
afora. Nesse contexto, a Internet presta valioso serviço aos eleitores, ao
disponibilizarem a visualização e audição de tais situações. Um sufoco para
seus protagonistas.
Resta uma constatação: nunca os
“respeitáveis” políticos brasileiros foram tão longe ao subestimarem a
maltratada inteligência brasileira, com tanto dinamismo político! Há salvação à
vista para o naufrágio? Acreditamos que sim, através do voto, expressão máxima
de uma Democracia, em 02 de outubro próximo. O Brasil e sua população merecem
dignidade e respeito de quem lhe outorga a confiança de representá-lo
constitucionalmente.
Na cabine indevassável, nos transformamos
por segundos em juízes capazes de decidir, democraticamente, a quem desejamos
entregar os destinos do país. Se possível, livre de ideologias, influências
inconsequentes, mas motivado pelo exercício livre da consciência e percepção como
cidadão do que seja melhor para o Brasil e, em consequência, para os
brasileiros!