Está difícil a "coisa" em Brasília. Depois de vídeos com áudio em alto e bom som flagrando o Governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, do DEM, recebendo propina, vem Lula, do alto de sua auto-suficiência e tenta mudar a lógica, ao dizer que as imagens não falam por sí só, referindo-se ao escândalo, tentando colocar "panos quentes" na comprometedora situação. Em outro contexto mas igualmente comprometedor, o mensalão mineiro, vem o governador de Minas, Aécio Neves, candidato a candidato a presidência da República, afirmar que o ex-governador e atual senador Eduardo Azeredo, processado e em julgamento no STF, é uma vítima. Como se fossem todos inocentes.
Há uma deliberada intenção, sabe-se lá por quais motivos, de inocentar previamente os caciques da política brasileira, em um jogo de conivência vergonhoso e inaceitável. Observa ainda um aspecto agravante: o denunciado e flagrado cometendo crime se permite ameaçar a muitos em troca de sua impunidade. Qualquer brasileiro, normal, por muito menos já estaria apodrecendo em uma das fétidas cadeias do país. Não é demais repetir: não haverá saída para o Estado Brasileiro, se a população, democraticamente, não utilizar-se de suas prerrogativas constitucionais para fazer valer seus direitos, entre tantos outros, o de exigir o que a lei teoricamente garante no tocante ao trato com o erário público: transparência e probidade administrativa.
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