Em Brasília, os novos escândalos políticos administrativos envolvendo o governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e deputados distritais do DEM nivelou de uma vez por toda a oposição sistemática do DEM e PSDB ao PT, este último diariamente acusado de práticas eleitorais ilegais e algumas até criminosas. Até então, os líderes oposicionistas como os senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) se revezavam na tribuna do Senado, pregando a ética e a moralidade, condenando atos do governo petista.
Agora, perdeu o discurso. Qual será a partir de agora a bandeiras da quase inexistente oposição?
Em um esforço de ingenuidade política pode se dizer que eles não sabiam dos pacotes, bolsas e meias circulando no governo do Distrito Federal, único dos Democratas. Difícil é acreditar que realmente eles não sabiam.
E ficamos nós, brasileiros comuns, insistindo em sermos justos, preocupados em evitar a generalização presente no imaginário do povo brasileiro de que todos os políticos são farinha do mesmo saco. Mas fica cada vez mais difícil sustentar que nem todos são iguais na política brasileira. A principal diferença talvez esteja na qualidade da madeira na cara de pau de cada um deles.
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