sexta-feira, 14 de maio de 2010
José Alencar responde a processo no STF
Deu no site Claudio Humberto, hoje:
"Está nas mãos do ministro Carlos Ayres Britto, no Supremo, o inquérito 2960, que indicia o vice-presidente José Alencar. O processo soma de 496 folhas trata de crimes contra o patrimônio e estelionato."
Nota do Blog:
Não há exagero do Blog quando diz que em assuntos de Justiça e tratando-se dos políticos brasileiros, a exceção quanto ao não envolvimento é cada vez mais rara. O presidente José Alencar, até então considerado um homem probo e um político insuspeito, está indiciado em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal, última instância judicial e fórum privilegiado dos políticos e gestores públicos na esfera federal.
Há de se ressaltar que acusação não é condenação. Por outro lado, um inquérito não chega ao STF senão estiver bem fundamentado do ponto de vista judicial. As acusações são graves pois trata-se de crimes contra o patrimônio e estelionato. Uma eventual condenação pela mais alta Corte de Justiça do país implicaria na desconfortável situação, pois o Brasil passaria a ter um vice-presidente da República condenado por estelionato.
Embora não acreditada por todos, a Constituição federal prevê em seu Artigo 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
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Alcindo, você tem razão quando diz que cada vez é mais fácil acreditar que os políticos sempre estão envolvidos em alguma falcatrua. A imprensa também não cumpre o seu papel de denunciar. Desde o dia 13 de maio postei a informação no meu Blog, mas só agora a mídia começa a tratar do assunto e, mesmo assim, com muita timidez.
ResponderExcluirPrezado André,
ResponderExcluirAgradeço muito o seu acesso ao Blog. Não posso negar minha frustração quando me deparei com a notícia dé que José Alencar responde como indiciado a processo no STF. Era, na minha modesta avaliação, uma daquelas honrosas exceções de homem público. Cuidadoso com a generalização, me convenço também de que está sendo difícil evitá-la, a partir de constatações como esta.
Quanto à imprensa, imprescindível em um Estado Democrático de Direito, também tenho a opinião de que sua independência é relativizada pelo assédio do poder econômico e político. Para os que não concordam, prestemos atenção nas bancadas de jornalistas existentes nos parlamentos brasileiros, em todos os níveis, e nas assessorias políticas e do Governo. A partir daí compreenderemos melhor porque ela, a imprensa, já não é tão independente assim.
Obrigado, grande abraço!
Alcindo de Souza