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domingo, 30 de maio de 2010

Nova Era: o bom saudosismo nas ondas do Rádio




Que a grande rede disponibiliza possibilidades infinitas de comunicação, todos sabemos. Hoje por exemplo, enquanto realizava uma pesquisa para um trabalho de consultoria administrativa que realizo, acessei como sempre faço o site da Rádio 104 FM Costa Branca e pude ouvir o programa Nova Era que estava no ar. Apresentado por Rogério Edmundo e José Jaime, o tema de hoje tratava de Psicologia, com enfoques bastante interessantes sobre a psicologia humana. Rogério ainda que com fundamentos empíricos abordava questionamentos pertinentes e curiosos sobre como o ser humano lida com a sua vaidade. Fez parte também do programa um rápido resgate dos tempos do saudoso e bravo Grupo Escolar Conselheiro Brito Guerra, onde este blogueiro estudou o primário e o ginasial (eram estas a nomenclatura na época). Rogério lembrou os tempos em que em determinados dias da semana, pelo menos uma vez por semana, fazíamos fila na entrada da sala de aula, para cantar o Hino Nacional. Na Direção, a respeitada professora dona Chiquita do Carmo Nepomuceno. Hoje, presenciamos frequentes vexames em que políticos e gestores públicos não sabem cantar o Hino Nacional.
José Jaime, também apresentador do programa, e professor à época do curso Ginasial, concorda com as modificações infelizmente para pior, dos programas e práticas do ensino que retiraram dos programas de aula, disciplinas como a indispensável OSPB (Organização Social e Política Brasileira), que tanto nos ensinou na época a entender o Brasil político e social.
Foi uma agradável audiência do Nova Era, que ocorre sempre aos Domingos, a partir de 12 horas, na Costa Branca 104 FM, sob a direção geral do líder político e empresário Cleodon Bezerra, que tem democratizado o Rádio na cidade através da participação popular nas ondas de sua Rádio.
Foi uma rápida mas proveitosa viagem no tempo, registrando fatos e reconhecendo o trabalho de personalidades da época que fazem parte da história areia-branquense.
Nada contra o modernismo. Mas um povo sem passado, não tem futuro, diz a sabedoria popular.
Excelente trabalho radiofônico de Rogério Emundo e José Jaime.

Sobre o saudosismo, um pouco de literatura sobre ele:

"O saudosismo consubstancia uma atitude humana perante o mundo que tem como base a saudade, considerada por Pascoaes o grande traço espiritual definidor da alma portuguesa[1]: — o que, segundo o poeta, é testemunhado pela literatura portuguesa ao longo dos séculos. No entanto, mais do que sentimento individual, a saudade é elevada a um plano místico (relação do Homem com Deus e com o mundo, ânsia nostálgica da unidade do material e do espiritual) e corresponde a uma doutrina política e social.

Surgido no clima mental nacionalista, tradicionalista e neo-romântico de inícios do século, o saudosismo pretendia, tomando a saudade como princípio dinâmico e renovador (de forma algo obscura) levar a cabo, pela acção cultural, a regeneração do país. Seria, de acordo com o seu teorizador, a primeira corrente autenticamente portuguesa. Ligado a uma expectativa messiânica e profética, o saudosismo acabou por dar azo ao afastamento de alguns dos seus adeptos — como António Sérgio, que não reconhecia no seu passadismo capacidade de renovação, ou até Fernando Pessoa, que, embora partilhando este elemento messiânico, acabou por preferir o projecto cosmopolita e revolucionário da Revista Orpheu.

O saudosismo, embora tenha desaparecido como corrente literária e espiritual, mantém ainda ecos na obra de alguns escritores e pensadores ligados à análise do carácter nacional e dos seus traços definidores." Com informações da Wikipédia.

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