terça-feira, 5 de outubro de 2010
Como ministra, Marina não servia. Agora é a mais querida de Lula
Talvez entre as sabedorias populares uma das mais conhecidas é a de que "o mundo dá muitas voltas". É o caso.
Em maio de 2008 a então senadora do Partido Verde e ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva não suportou o modo petista de governar e acabou pedindo demissão, imediatamente aceita por Lula que não teve a humildade de tratar pessoalmente com Marina, delegando a indigesta providência à então toda poderosa ministra-chefe da Casa Civil e candidata à presidência, Dilma Rousseff.
Na época, Dilma sobre a saída de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente, em 2008, em completa soberba, afirmou: “É preciso deixar claro que a ex-ministra não representa o projeto do presidente Lula".
Hoje, tendo em vista seu excelente resultado eleitoral como candidata a presidência da República, tendo obtido algo em torno de 20 milhões de votos, Marina tornou-se em um passe de mágina, a ser a preferida do governo de Lula. Desacreditada até então como candidata, passou a ser praticamente o fiel da balança no segundo turno a ocorrer em 30 deste mês. Com uma história de vida marcada pela superação, coragem e coerência, Marina desde o encerramento da apuração das urnas, passou a sofrer assédio implacável dos dois sistemas eleitorais liderados por Lula (para Dilma) e Serra, para ele próprio.
Prudente e preparada, Marina não tem tanta pressa para decidir embora o tempo seja mínimo para tal. Analisará bem o contexto político e histórico do momento e decidirá muito provavelmente preservando sua trajetória de vida como uma brasileira que deu certo e de certa forma, exemplar.
O certo é que sua adesão poderá ser decisiva na eleição de Serra ou de Dilma. Resta saber se a ferida causada pelo desprestigio da demissão como ministra em 2008 já cicatrizou. Quem viver, verá. Há uma outra sabedoria popular também que merece ser lembrada, por ser oportuna: "Quem fere, esquece. Quem é ferido, lembra para sempre".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário