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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Falha grave da Democracia representativa no Brasil




O senso comum de uma Democracia representativa, ainda que em um raciocínio simples, é o de que numa eleição deve ser eleito o candidato que tiver o maior número de votos. Certo? No Brasil, errado.
Para se ter idéia da gravidade dessa grave falha da Democracia brasileira, nesta eleição, dos 513 deputados federais, somente 35, isso mesmo, 35 se elegeram com votos próprios, ou seja, foram realmente escolhidos pelos eleitores para representá-los.
Os legisladores tecnocratas inventaram mecanismos esquisitos como o chamado quociente eleitoral. Portanto apenas 35 deputados o atingiram. O que é isso? Uma maneira de manipular o real sentido do voto, em que você, caro eleitor, vota em um candidato, mas acaba elegando outros nos quais você nunca votaria. É legal? Não deveria ser, mas a legislação eleitoral permite absurdos dessa natureza.
Com caminhos abertos por uma legislação inadequada e ultrapassada, os chefes de alguns partidos políticos convidam para serem candidatos pessoas famosas mas sem nenhum espírito público mas com grande popularidade. Resultado: o famoso se elege e elege também outros profissionais da política - alguns fichas sujas - sem muito esforço.
O caso recente de maior notoriedade foi o do humorista Titirica, eleito deputado federal por São Paulo com mais de 1 milhão e 300 mil votos. Elegeu-se e elegeu mais 4 deputados federais pelo PR - Partido da República. Que República é essa?
Aliás, termina hoje o prazo para o competente palhaço cearense provar à justiça eleitoral que não é analfabeto. Se conseguir, será o mais novo "legislador" do Congresso Nacional. Caso contrário, continuará fazendo humor, mas nas mídias adequadas como a televisão.
A charge ilustra com precisão a tão necessária e urgente Reforma Política que descansa na rede armada entre o Senado e a Câmara, sem nehuma pressa de sair do papel. Eles, suas excelências não tem nenhum interesse em mudar as convenientes e absurdas regras em vigor.

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