As definições na política estadual começam a acontecer, entre choros, ranger de dentes e dissimulações. Para o senador peemedebista Garibaldi Filho foto), o racha no PMDB (RN) é "irreversível". Enquanto o Deputado Federal Henrique Alves (foto) defende uma aliança do partido com a governadora Wilma de Faria e o vice-governador Iberê Ferreira, o senador pleiteia o apoio da legenda para a senadora Rosalba Ciarlini, do DEM, partido de oposição tanto no plano estadual como federal. Para Garibaldi, "tudo indica que não haverá consenso".
A tão desejada "fidelidade partidária" que garantiria um mínimo de coerência à política partidária, é letra morta, enterrada a sete palmos. Para o experiente ex-deputado federal Ney Lopes, "o que prevalece na política partidária do Rio Grande do Norte são os projetos pessoais", afirma, do alto de seu vasto conhecimento dos bastidores da política, local, estadual e federal.
O senador Garibaldi não consegue avançar com um argumento convincente para justificar o seu apoio e de parte do PMDB por ele liderado, ao projeto de Rosalba Ciarlini, do Democratas, adversário do PMDB no estado e no plano federal.
Na prática, o que Garibaldi pretende é aumentar suas chances de renovar o mandato do senador, com o apoio e a inquestionável densidade eleitoral da candidata ao Governo do Estado, Rosalba Ciarlini, do DEM. Experiente, Garibaldi ainda não conseguiu digerir a derrota para Wilma em 2006, para Governo do RN e não aceitaria formar chapa com a atual Governadora e candidata a uma das duas vagas no Senado, agora em 2010. Outro motivo ainda é que no caso da senadora Rosalba ganhar a eleição para Governadora, assume sua vaga no Senado, o suplente Garibaldi Alves, que nada mais é que o pai do senador Garibaldi Filho. Seria ou será o primeiro caso de pai e filho
senadores no Brasil. Convenhamos, é uma grande tentação.
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