Cômico se não fosse trágico: STF decidirá se podemos rir dos políticos

É assunto na imprensa nacional. Caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir sobre a liberdade de fazer humor com a política nacional. É que o Tribunal Superior Eleitoral com base na Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), baixou uma resolução restringindo manifestações humorísticas em relação aos candidatos.
Ao reforçar o pedido de liminar, a Abert - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV afirma que os dispositivos questionados já estão impedindo o exercício amplo do princípio constitucional da liberdade de expressão.
Mérito à parte, é de estarrecer que o legalismo no Brasil chegue a tal ponto. A idéia predominante no brasileiro comum é de que o Supremo Tribunal Federal - a mais alta corte de Justiça do país - se ocupe de julgar ações relevantes e graves que nele tramitem. E lá pousam nas gavetas de suas excelências milhares ações de grande importância para a vida de muitos brasileiros.
Mas, por força de uma legislação inadequada e ultrapassada, tem que priorizar julgamentos como esse que trata de restrições à liberdade de manifestação.
Enquanto isso, Tiririca não pára de fazer suas "graças", brincando com o povo brasileiro, quando diz: "Pior do que tá, não pode ficar. Vote em mim, abestado!"
É o Brasil.