O Tribunal Regional de São Paulo impugnou hoje, 23, o registro da candidatura do ex-governador de São Paulo, deputado federal Paulo Maluf, com base na Lei Ficha Limpa. Após a divulgação da impugnação, Maluf disparou: "Só Deus me tira da vida pública”. Uma frase de efeito para reforçar sua crença em Deus, mas também uma afirmação que confere desrespeito à lei. Em seguida, faz questão de enfatizar: "Ninguém tem a ficha mais limpa que eu no Estado de São Paulo. Não tenho condenação. Não fui julgado." Com vários processos e impedido de deixar o país, pela Procuradoria de Justiça de São Paulo, Maluf desdenha da Justiça, e se auto intitula o mais íntegro dos homens, ao afirmar que ninguém tem a ficha mais limpa do que ele. Maluf ainda pode ser preso caso visite qualquer um dos 188 países signatários da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
O grande problema para se fazer cumprir a lei no Brasil são os intermináreis recursos previstos na legislação penal que via de regra garantem a efetiva impunidade aos "colarinhos brancos".
Em eleições paulistas em passado recente, muitos eleitores de São Paulo formaram a seguinte opinião: "Maluf rouba, mas faz".
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