sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Brasília: Arruda não se rende e mantém no chão o nível de seu governo
Agravou-se ainda mais a situação do governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal. Um novo flagrante de suposta tentativa de suborno de uma das testemunhas do escândalo revelado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, demonstra que o governador não se intimida com as ações da Justiça, desafiando-a de todas as formas.
Segundo o site Claudio Humberto, o jornalista Edson Santos, o "Sombra", disse haver negociado com Arruda, por meio do deputado Geraldo Naves e depois de Antônio Bento, funcionário do seu jornal. Nesta quinta-feira, Bento foi preso pela PF após entregar R$ 200 mil a "Sombra".
Em nota, o governador garante ter sido procurado insistentemente por Bento, "primeiro com o pedido de um encontro com Sombra e, a seguir, com pedido de patrocínio para o jornal dele, O Distrital. "Todos os pedidos foram negados". A nota ainda identifica Sombra como "íntimo colaborador" de Durval Barbosa, o delator do suposto esquema de corrupção no governo.
O denunciante entregou à PF um bilhete que teria sido redigido de próprio punho pelo governador, confirmando a negociação, e uma declaração que Sombra assinou afirmando serem "montagens" as gravações em vídeo de Barbosa. Sombra disse que o valor total da propina seria de R$ 1,2 milhão, em parcelas.
Nota do Blog: Desta vez, as meias não caberiam o volume de R$ 200 mil e simples assim, foram entregues em uma bolsa como essas de uma loja. O que impressiona em casos como este e outros do gênero é a cara de pau dos defensores, tentando negar algo impossível: a imagem.
Os bandidos comuns tem suas regras e éticas próprias. Quando são flagrados pela polícia, admitem e dizem: "a casa caiu". A partir daí se rendem. Outros bandidos "incomuns" são flagrados, filmados, gravados, mas ainda assim, convencidos da impunidade, inventam histórias como aquela de que o dinheiro recebido pelo governador Arruda era para pagar panetones para a população carente. Em um utópico país sério, um governador com esse grau de criatividade e desfarçatez, não seria político. Seria ilusionista.
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