Na política brasileira, cada vez mais, os projetos políticos pessoais se sobrepõem a qualquer possível projeto nacional, regional ou mesmo local. No Rio Grande do Norte não é diferente. Como diria o conhecido e polêmico Agnelo Alves, "os aliados e parceiros de hoje serão os adversários de amanhã". Nada mais verdadeiro e vale para todos. Se houver exceções, elas são cada vez mais escassas. A afirmativa do velho e calejado ex-senador e ex-prefeito de Parnamirim se repete com o episódio da ruptura do presidente da Assembléia Estadual Robson Faria com a governadora Wilma de Faria. A governadora, reconhecidamente uma guerreira na arte da política, não conseguiu o que seria o sonho ideal no seu projeto para 2010: manter sua base de apoio unida, garantindo assim uma disputa para o Senado, com reais chances de ocupar uma das duas vagas disponíveis na próxima eleição. Manter Iberê Ferreira, candidato ao governo com o apoio de Robinson Faria com sua expressiva e determinante densidade eleitoral, era tudo que Wilma pretendia. Não conseguiu. E mais: o aliado de todas as horas, ferido em sua pretensão e vaidade pessoal de ser candidato a governador, revidará e de maneira a influir na possível eleição da ainda governadora mas candidata a uma vaga no Senado, enfrentando duas fortes lideranças políticas estaduais e ainda senadores. O carisma de Wilma será, mais uma vez colocada à prova e desta vez, de forma definitiva. As fotos acima representam claramente dois momentos. Antes e depois da ruptura política dos dois. Os sorrisos aliados deram espaço à mágoa e sentimento de traição. Em política partidária, o poder das palavras são nulos, quase sempre. Aliás, sempre.
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