segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Aposentados: solenidade sem motivos para comemorar
O Dia Nacional do Aposentado é celebrado em 24 de janeiro. No entanto, ocorreu hoje uma sessão no Senado para comemorar o Dia Nacional do Aposentado. Centenas deles lotaram as galerias e o plenário da Casa para cobrar a aprovação dos projetos que defendem seus direitos. O diretor de organização da Nova Central de Sindical, Isaac Neco, afirmou que eles querem conseguir a aprovação na Câmara do projeto que trata do fim do fator previdenciário e da emenda no projeto sobre o salário mínimo que vincula os vencimentos de aposentados e pensionistas aos dos trabalhadores da ativa.
“Aproveitamos a sessão para enfocar a necessidade da queda do fator previdenciário, que hoje é uma luta para os aposentados. Hoje está sendo devastado o salário desta categoria. Queremos também a equiparação porque não podemos deixar que aposentados tenham aumento salarial tão irrisório perante os trabalhadores da ativa”, disse Neco.
Os dois projetos a que se refere o sindicalista estão com a tramitação praticamente paralisada na Câmara. Para tentar evitar derrotas no tema, o governo editou em dezembro de 2009 uma Medida Provisória dando aumento real para aposentados e pensionistas. A MP reajustou os benefícios em 2010 em 6,14% e determinou que em 2011 o reajuste será o equivalente à inflação mais 50% do percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2009, se este for positivo. O Congresso ainda não votou a MP e poderá alterar estes percentuais
Nota do Blog: Pensando bem, pouco ou nada tem a comemorar os aposentados e pensionistas que ao longo do tempo tem sua situação financeira agravada pela perda sistemática do poder aquisitivo, que os condena a sérias dificuldades para sobreviver. Ao se aposentarem, estavam certos de que mesmo limitada, aquela aposentadoria proporcionaria um mínimo de segurança financeira para o resto de suas vidas. Puro engano. Sem poder de reivindicação, são tratados com descaso e até com desrespeito no que se refere aos reajustes de suas minguadas aposentadorias. Lula, quando candidato, gravou depoimentos de que com ele na presidência os aposentados e pensionistas "deste país", teriam garantias de dignidade. Não cumpriu a promessa. Havia a ilusão de que um presidente metalúrgico promoveria uma política salarial justa para os trabalhadores. Essa garantia hoje é privilégio apenas dos sindicalistas.
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