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sábado, 28 de novembro de 2009

Dilma: a declaração






Não constrói a última declaração de Dilma Rousself, ministra-chefe do Gabinete Civil da presidência da República, manifestando-se favorável que políticos petistas processados por envolvimento no emblemático caso do mensalão retomem suas funções pólíticas. O argumento da ministra é de que os companheiros não foram julgados nem condenados e por essa razão deveriam assumir funções no sistema político a que pertencem.
Ora, qualquer brasileiro minimamente esclarecido sabe que a lentidão da Justiça aliada à excrescência dos fóruns privilegiados garantem a impunidade de muitos, principalmente de políticos ligados ao poder. Utilizar-se desse contexto para praticamente inocentar aliados políticos não é o que se espera de uma potencial candidata à presidência da República. Muitos dos processados são reus e foram indiciados pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, instituições sérias e competentes que não costumam indiciar inocentes.
Ficaria melhor para a ministra Dilma que compreendesse as dificuldades do Judiciário para julgar com a celeridade necessária e aguardasse as sentenças judiciais condenando ou inocentando seus aliados.
Não é demais lembrar que as cadeias do país estão superlotadas de possíveis inocentes ainda não julgados que não tem sequer a oportunidade de aguardar o seu julgamento em liberdade, quanto mais de exercer suas funções profissionais.
A ignorância política e o desinteresse pelo assunto por parte de muitos brasileiros transformam-se em campo fértil para a prevalência de absurdos patrocinados por quem, por sua privilegiada função pública, deveriam dar o exemplo.
É o caso de se perguntar: a ministra Dilma acredita ou não no preceito constitucional de que todos são iguais perante a lei?

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