O presidente Lula ganhou justa notoriedade inicialmente como líder sindical no ABC paulista mas principalmente como fundador do Partido dos Trabalhadores, com perfil acentuadamente oposicionista. Como presidente da República, mesmo como principal filiado de seu partido, o PT, seria desejável que mantivesse uma postura de magistrado quando o foco fosse meramente político, pela força e liturgia do cargo máximo que exerce. No entanto, apequena-se quando leva para o lado pessoal divergências com líderes oposicionistas, condição que o projetou. Extrapola os limites quando manifesta clara intenção de atuar deliberadamente para derrotar adversários políticos, principalmente do Congresso Nacional, em suas bases estaduais. Tal atitude, lamentável, induz a conclusão de que pretende governar sem oposição, como se não bastasse a maioria de seu governo nas principais casas legislativas do país. Não é saudável uma Democracia sem o livre debate e a atuação da oposição contribui em muito para o aperfeiçoamento democrático do país. Lula precisa reconhecer e acatar esses princípios fundamentais que aliás o permitiram chegar à presidência da República
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