Como já foi amplamente anunciado, os treis senadores da República, pelo RN, José Agripino Maia, Garibaldi Filho e Rosalba Ciarlini se licenciarão do cargo para numa esquisita coincidência, cuidarem integralmente de suas candidaturas. Os dois primeiros à reeleição para o Senado e a última, candidata ao governo do estado. Até aí, nenhum problema, já que a legislação eleitoral permite.
Agora, a pergunta que não quer calar de todos aqueles que prestam atenção na forma como é gasto o dinheiro do contribuinte, o seu dinheiro, recolhido muitas vezes compulsoriamente ao cofres do governo em forma de absurdos impostos: licenciados para tratar de interêsse particular, sim, a candidatura é interesse particular do candidato, continuarão recebendo seus subsídios e mordomias, mesmo ausentes de Brasília e fora do cargo?
E os suplentes? Além das mordomias, algumas vitalícias como plano de saúde, quem os pagará, embora assumam por parcos quatro meses em que o Congresso praticamente não funcionará, pois todos estarão em seus respectivos estados, cuidando da reeleição?
Ou, o que parece mais provável, todos receberão integralmente do contribuinte, protegidos por uma legislação feita em causa própria? Por esse viés, pode até ser "legal", mas moral não é.
Nunca mais se falou na excrescência eleitoral dos suplentes, que sequer são votados. E sendo assim, eles são pais, filhos, esposas, amigos e afins dos candidatos.
Sem receber nenhum voto.
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