Está na Constituição Federal de 1989 e na legislação eleitoral: todo brasileiro em dia com suas obrigações cidadãs, pode votar ou ser votado. Mérito para a democracia brasileira.
Mas nos últimos tempos a política partidária passou a ser alvo de pretendentes muito bem sucedidos em suas profissões, mas que muito pouco ou nada entendem de política. Agora é a vez de um dos mais bem sucedidos e elegantes no figurino técnicos de futebol brasileiro: Wanderley Luxemburgo que pretende nada mais nada menos que ingressar na política, como candidato a senador. Nada modesto o estreante. Luxemburgo teve o pedido de transferência do domicílio eleitoral para Palmas, no estado de Tocantins, negado pelo Tribunal Regional Eleitoral daquele estado. O ceu é o Senado Federal, nas palavras do saudoso ex-senador potiguar falecido Agenor Maria.
Aliás, essa questão de domicílio eleitoral é uma das excrescências da legislação eleitoral atual. O pior exemplo vem de um ex-presidente da República e atual presidente do Senado Federal, José Sarney. Pouca gente se dá conta de que ele, sendo do Maranhão, sua terra natal, é senador pelo pouco expressivo estado do Amapá, mesmo pertencendo ao mais importante clã da política maranhense. Lá, sua filha, Roseana Sarney renunciou ao Senado para ser a governadora e seu filho Zequinha Sarney é deputado federal.
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