sexta-feira, 9 de abril de 2010
Lula: em dois dias, duas declarações impróprias para o cargo
É notório que o presidente Lula fala muito. Há um provérbio popular que diz que quem muito fala, muito erra. Verdade. Em dois dias, o presidente agrediu a duas importantes instituições: o Judiciário e mais especificamente o Tribunal Superior Eleitoral. Na primeira declaração infeliz, disse que "nós não podemos ficar subordinados a cada eleição a que um juiz diga o que a gente pode ou não pode fazer”. Na segunda provocação, soltou o verbo, falando que as eleições de outubro próximo para presidente, “serão as mais fáceis que o PT já enfrentou”. Para o Governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB-SP), “Foi um insulto ao processo democrático”.
A liturgia do cargo presidencial pressupõe uma postura mais equilibrada, de magistrado mesmo, principalmente em relação a uma eleição para presidente da República. No governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB-SP, quando provocado sobre a eleição para o seu sucessor, dizia: "tenho minhas preferências, mas a liturgia do cargo me exige uma posição de magistrado".
Lula, pensando e agindo diferente, assume sem nenhum disfarce, ser o mais falante cabo eleitoral de Dilma Rousself. Tempos diferentes.
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