Notícias do Dia

sábado, 15 de setembro de 2012

RN Político: Micarla declara voto em Carlos Eduardo.



Carlos Eduardo e Micarla de Sousa: entre tapas e beijos. Mais tapas do que beijos

A política brasileira, sabe-se é exageradamente dinâmica. A norte riograndense e mais precisamente a natalense não é diferente. Mas de vez em quando alguns dos seus principais agentes políticos decidem extrapolar.

Foi o que aconteceu esta semana, quando a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, entrevistada no programa de Felinto Rodrigues, na 98 FM, disparou: "voto em Carlos Eduardo", surpreendendo a todos, entrevistador e ouvintes.

Quem acompanha o noticiário político do estado e de Natal, conhece a relação "entre tapas e beijos" existente entre o ex-prefeito e a atual prefeita. Para o ex-prefeito, "vice é vice", famoso recado para limitar a atuação política de Micarla quando foi sua vice. As fortes acusações mútuas entre o ex e a atual gestora municipal foi presença constante no noticiário político local.

Agora, Micarla que termina sua gestão de forma desastrosa e com índices de desaprovação beirando os 100%, dispara essa verdadeira pérola de que vota em Carlos Eduardo para prefeito, voto renegado de imediato pelo candidato pedetista, para quem a declaração não passa de extranha estratégia política. Tem sentido.

A incrível e lastimável justificativa da prefeita, por envolver seu filho menor, foi de que atende a um pedido de seu filho e por gratidão a Agnelo Alves, pai de Carlos Eduardo. Como acreditar que um menor pediria para a mãe votar em um adversário político? Confundiu e não convenceu a ninguém pela fragilidade e pela inconsistência do argumento, mais uma vez a prefeita de Natal.

A surpreendente declaração soou estapafúrdia a todos que a ouviram, sugerindo uma absurda estratégia para tirar votos de Carlos Eduardo, seu antecessor e principal adversário político.

Micarla contribuiu para a política natalense assumir o pódium como a mais dinâmica de todas.

E agora?: Lula foi o "chefe e fiador" do Mensalão, afirma Veja















Fotos de Rodrigo Rangel e Leandro Martins
Acusador, réu, e acusado (não indiciado): Marcos Valério e ex-presidente Lula

O direito constitucional de permanecer calado de Marcos Valério, acusado de chefiar o desvio de dinheiro público do mensalão, cai por terra.

A real, embora ainda frágil possibilidade de passar boa parte de sua vida na cadeia, tem sido o principal motivo do publicitário abrir a boca sobre os reais envolvidos no esquema de distribuição de propina a políticos da base do governo petista durante os dois mandatos de Lula.

Ainda que a conta gotas, Marcos Valério começa a envolver diretamente o ex-presidente Lula no mensalão, não afirmando que ele sabia mas que era também " chefe e fiador" do esquema de corrupção do governo petista que teria desviado não apenas o que apurou as investigações, mas que chegou aos R$ 350 milhões de reais, pelo cálculo do principal operador.

O mais ingênuo dos observadores da cena política nacional não conseguia acreditar que Lula "não sabia de nada" como insistentemente afirmou ao longo do tempo, o ex-presidente. A clássica negativa de que "não sabia de nada" soava falso, inconsistente, impossível, inverossímel, diante das evidências de que muitas decisões eram tomadas na sala ao lado do gabinete presidencial do Palácio do Planalto, onde despachava nada mais nada menos que o então presidente Lula.

Preservado até então até pelo próprio Ministério Público Federal, que não o incluiu entre os denunciados, Lula de certa forma subestimou até o Supremo Tribunal Federal, corte maior da Justiça do país, ao repetir afirmações ingênuas de que "o mensalão nunca existiu". Mesmo sabendo que de fato, existiu, e que ele, segundo Marcos Valério agora reafirma, foi o principal fiador do esquema de corrupção de políticos, o maior no Brasil.

Um vencedor em vários desafios e hoje uma das personalidades mais influentes do mundo político não apenas nacional mas internacional, Lula terá agora muito trabalho pela frente para tentar destruir possivelmente através da desqualificação do acusador, as graves denúncias agora aquecidas pelo suposto operador do esquema e até então, homem de sua confiança, mas que provavelmente a partir de agora se transformará em traidor do ex-presidente.

Marcos Valério começa a sentir e a manifestar-se de que não irá para a sarjeta - o chão frio e insalubre das prisões brasileiras - sozinho. As "garantias" de que o mensalão se transformaria em pizza, não estão sendo honradas, graças a incorrigível atuação do Supremo Tribunal Federal e mais precisamente do Ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, em fase de julgamento e já com algumas condenações de parte dos réus do processo.

Nem a impressionante e vergonhosa presença do ex-ministro da Justiça do governo Lula, Márcio Tomaz Bastos, como principal defensor de alguns dos acusados do esquema evitou as firmes condenações já ocorridas, face a robustez de provas condenatórias presentes nos autos de alguns dos envolvidos.

Os desdobramentos da reportagem de Veja revelarão o silêncio conveniente ou as declarações repetidas de inocência por parte do ex-presidente Lula, principal cabo eleitoral obstinado em fazer do seu ex-ministro da Educaçao, Haddad, o prefeito de São Paulo. É desconhecida ainda portanto a sua estratégia de defesa, devendo ficar entre a clássica resposta: "não vou comentar a entrevista de veja" ou continuar subestimando a opinião pública com o já batido "o mensalão não existiu.

É esperar para ver.