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domingo, 24 de junho de 2012

Política no Brasil: vale tudo mesmo?

















Dois fatos políticos com propósitos semelhantes

Dois fatos políticos desta semana de festejos juninos, um nacional e outro local não podem passar despercebidos dos agentes políticos principais de uma eleição - os eleitores.

No plano nacional, coube a São Paulo, o mais importante estado da federação, através de duas carimbadas figuras do cenário político nacional - o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo e atual deputado federal, Paulo Maluf - oferecer ao povo brasileiro que em política vale tudo, sim, com a tentativa duvidosa de fazer do ex-ministro Fernando Hadad, o novo prefeito da capital paulistana. E tudo, tudo mesmo, por míseros 1 minuto e meio de tempo de televisão no horário eleitoral, chmado de gratuito mas que de gratuito não existe nada. As televisões ganham muito com a Propaganda Eleitoral "Gratuita".

Mas o foco não é esse. Lula, que a presidência deixou ele, mas ele não deixou a presidência, continua sendo o mais ferrenho cabo eleitoral do PT, e decidido a reafirmar que em política aí sim é que o fim justifica os meios. Entre um sorriso falso, amarelo e um certo ar de constrangimento, cumprimenta Paulo Maluf e o proclama agora fiel parceiro de um teimoso projeto político de Fazer do ex-ministro da Educação, o gestor executivo de São Paulo. Os votos de Maluf derrubaram qualquer preocupação com o mínimo de coerência política petista, Mais uma vez. Maluf, talvez o maior beneficiário da impunidade predominante no Brasil, é procurado pela polícia internacional, por crimes financeiros internacionais e seria preso em vários países. Aqui, continua leve e solto, driblando leis e códigos penais.

A então candidata a candidata a vice-prefeito, Luiza Erundina, não suportou tanto cinismo. Foi demais para ela a cara de pau do seu líder e ex-presidente Lula, posando ao lado do ex-adversário Paulo Maluf, a quem o chamada de no mínimo filho da Ditadura. Erundina caiu fora.

No plano local, depois de uma desistência emblemática de candidatar-se a prefeita ou até mesmo a vereadora, a ex-governadora Wilma de Faria ressurge no cenário político local com uma estranhíssima candidatura a vice compondo a chapa com o seu ex-prefeito Carlos Eduardo, cujas contas de sua gestão foram desaprovadas pela Câmara Municipal de Natal, instância política legítima para julgá-las. É comprovadamente constituição essa prerrogativa, ignorada e subestimada pelo ex-prefeito.

Que exercício de engenharia política está por trás dessa composição política?

Embora pesquisas visivelmente manipuladas indiquem Carlos Eduardo como favorito, sabe-se que a professora Wilma de Faria tem muito mais densidade política para concorrer com grandes chances a eleição para prefeita. Todos sabemos, inclusive ela, como o canditado do PTB costuma tratar a vice-prefeita, com seu descrachado "Vice é vice". A atual Micarla de Souza conhece bem essa frase".

Ou Carlos Eduardo foi muito competente na articulação na articulação política ao convencer a aceitação por parte de Wilma ou a própria tem nas mangas um projeto político desconhecido com vistas a 2014, sendo o mandato de vice apenas uma escada para vôo maior.

No meio disso tudo, o eleitor, principal agente político numa Democracia, a quem foi servido dois pratos políticos indigestos que tem como ingredientes principais o cinismo e a cara de pau, com o propósito de subestimando a capacidade crítica do eleitor, reafirmar que na política brasileira e principalmente na local, vale tudo mesmo.

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