Começaram as convenções partidárias no Rio Grande do Norte, a exemplo do que ocorre em todos os estados brasileiros. Determinadas pela legislação eleitoral, as convenções partidárias tentam "por ordem na casa". É a hora da verdade em que muitas aspirações pessoais, algumas ilegítimas, caem por terra, vencidas em parte pelo poder econômico de alguns e em parte pelas espertezas políticas de outros. A confusa lei eleitoral em vigor que trata das coligações cria dificuldades para uns e facilidades para outros no incompreensível jogo de xadrez em que se transformou as regras eleitorais para 2010. O fato novo da Lei chamada "Ficha Limpa" ajudou a tornar o pleito ainda mais confuso no que se refere a inelegibilidade dos candidatos. É que a lei recem sancionada, deliberadamente não é suficientemente clara quanto a seus efeitos imediatos, dando margem a recursos que garantirão a impunidade e a candidatura de politicos fichas sujas. O fato concreto é que mesmo que os tribunais não consigam impedir as candidaturas fétidas do ponto de vista moral, o eleitor se transforma, democraticamente, no efetivo juiz a julgar, nas urnas, seus próximos representantes nos parlamentos brasileiros.
O grande desafio que se impõe é o povo brasileiro acordar para a importância de tal fato e cumprir sua missão.
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