quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Justiça: O alto preço da coragem de dizer a verdade
Ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça: coragem de dizer a verdade
"primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga".
A frase acima, sem retoques, rendeu à corajosa ministra do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, uma série de críticas pela contundência da afirmação.
O presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso, leu nota de repúdio às "acusações levianas" da corregedora. Outras instituições representativas de magistrados também a acusaram de arrogante e outros adjetivos do gênero.
Por que tanta indignação em relação à corajosa afirmação da magistrada corregedora?
"Pelo menos 35 desembargadores são investigados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) hoje. Eles formam a cúpula do Judiciário nos Estados, julgando recursos contra as decisões dos juízes de primeira instância. Desde 2005, 20 deles foram punidos pelo conselho."
Todos sabemos que em todos os segmentos da sociedade existem profissionais sérios, honestos, íntegros. Mas que também existem criminosos, bandidos mesmos, nas diversas categorias profissionais. É da natureza humana. Desvios de conduta são praticados por pessoas que muitas vezes, pelo ofício, nunca deveriam tê-las.
Mas alguns magistrados permitem-se imaginar-se santos, ou quase isso. Preserva-se desde já, por absoluto senso de justiça, a maioria. Mas que existe desvios de conduta de ministros, desembargadores, juizes, existem sim. Eles não estão como querem alguns, acima do bem e do mal.
A ministra Eliana Calmon apenas tocou na ferida que outros não tiveram a coragem de fazê-lo. E paga um preço altíssimo pela sinceridade profissional, como Corregedora do Conselho Nacional de Justiça.
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