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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Outra vez: STF processa Maluf e família



Deputado federal Paulo Maluf: a Justiça não consegue alcançá-lo.

Está no site Yahoo:

"O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu hoje um processo criminal contra o deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), a mulher dele, Sylvia, quatro filhos do casal e mais dois parentes por suspeita de lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal sustentou que a família se envolveu num esquema de lavagem de recursos desviados de obras públicas da época em que Maluf administrou a capital.

Como consequência da decisão, Maluf e os parentes passarão da condição de investigados para a de réus. O ex-prefeito e a mulher ficaram livres da acusação de formação de quadrilha porque, segundo os ministros, em razão da idade deles já ocorreu a prescrição. Mas os outros também responderão por formação de quadrilha.

Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski destacou os valores "astronômicos" dos supostos desvios. Ele citou que o prejuízo ao erário foi de cerca de US$ 1 bilhão. Também disse que há informações de que a família Maluf teria movimentado no exterior cerca de US$ 900 milhões, valor superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de muitos países, como Timor Leste, Guiné Bissau e Granada.

O ministro destacou que o total de recursos consumidos com a obra da avenida Águas Espraiadas foi de R$ 800 milhões. Mas que as suspeitas são de que cerca de US$ 1 bilhão teriam sido lavados. Além dos valores altíssimos, o ministro mostrou ter ficado surpreso com o fato de o caso envolver mais de uma dezena de empresas off shore."

Comentário do Blog:

Impressionante. O relator do processo, ministro Ricardo Lewandoski, aponta que o "prejuízo ao erário foi de cerca de 1 bilhão de dólares." Em reais, a cifra aproxima-se de 2 trilhões de reais. A Polícia Federal e o próprio Supremo Tribunal Federal não formalizariam acusações tão graves sem provas. No entanto, o ex-prefeito de São Paulo e atual deputado federal Paulo Maluf tem conseguido ao longo dos anos não ser alcançado pela lei, que normalmente é implacável com simples delinquentes e ladrões de galinha.

Está cada vez mais provado que a Justiça brasileira não alcança quem, ainda que com recursos provenientes do crime, contrata bons e caros advogados. O próprio ministro César Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou em entrevista à Veja, que a Justiça não é para todos, o que ele considera uma iniquidade, ou, em bom português, grave injustiça. Que a Justiça não é mesmo para todos, Maluf que o diga.

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