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sábado, 21 de agosto de 2010

O direito de cada um de ser brega







"Brega é um gênero musical brasileiro. Todavia, sua conceituação como estética musical tem sido um tanto difícil - uma vez que não há um ritmo musical propriamente "brega" - e alvo de discussões por estudiosos e gente do meio musical. Mesmo sem ter estabelecidas características suficientemente rígidas, o termo praticamente foi alçado à condição de gênero.

Inicialmente, o termo designava um tipo de música romântica, com arranjo musical sem grandes elaborações, bastante apelo sentimental, fortes melodias, letras com rimas fáceis e palavras simples, em outras palavras, uma música supostamente de "mau gosto" ou "cafona". Mas a partir da imprecisão conceitual que o termo carrega desde sua origem, podia abarcar artistas de outros gêneros musicais da música brasileira, o que, na verdade, só reforçaria essa imprecisão.

Para tornar a conceituação mais difícil, o "brega" assimilaria na década de 1990 novos aspectos - alguns dos quais distantes da linha romântica popular, como são os casos do brega pop e do tecnobrega, bastante populares na cena regional do Norte do Brasil, em especial, na cidade de Belém. Além disso, enquanto muitos artistas da "velha guarda" romântica-popular ainda rejeitavam o rótulo "brega", outros assumiram a pecha - um deles, Reginaldo Rossi.

Embora esteja longe de uma definição conceitualmente precisa, o "brega" segue alcançando grande aceitação entre segmentos das camadas populares do Brasil.

A origem do termo "brega" é desconhecida e bastante discutida. Uma hipótese é que venha dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música era usado para embalar os romances de aluguel. Aventa-se que o termo derive do "Nóbrega" da rua Manuel da Nóbrega, em Salvador - rua esta que ficava numa região de meretrício da capital baiana.

Outra origem provável para a palavra brega seria originária do Rio de Janeiro, como uma corruptela da gíria "breguete", palavra pejorativa e preconceituosa, usada pela classe média para designar empregadas domésticas e que, por extensão, passou a designar também seu gosto característico de origem popular.

A partir da década de 1980, o termo "brega" passou a ser cunhado largamente na imprensa brasileira pelos meios-de-comunicação para designar, de maneira pejorativa, música de sem valor artístico.[6] Embora sem uma conceituação aprofundada, a pecha servia para designar uma "música de mau gosto, geralmente feita para as camadas populares, com exageros de dramaticidade e/ou letras de uma insuportável ingenuidade".[2] Era o caso por exemplo do trabalho de cantores da linha romântica "cafona", como os ainda populares Amado Batista e Wando, ou de outros cantores românticos constantemente presentes em programas de auditório da TV, como Gilliard, Fábio Junior e José Augusto.

Ao mesmo tempo em que críticos esboçavam uma conceituação estilística pejorativa sobre o "brega", o estilo passou a influenciar e se fundir a outros artistas e gêneros musicais, o que tornava, na verdade, cada vez mais impreciso estabelecer uma definição clara sobre o que seria "música brega".

Como resultado desta ausência conceitualo exata e precisa sobre o que seria o "brega", o termo muitas vezes não se restringia apenas aos artistas romântico-populares, como também podia abarcar artistas vínculados a outros gêneros musicais, como por exemplo, (Alcione) e (Chitãozinho e Xororó), ligados respectivamente ao samba e ao sertanejo. Mesmo cantores do time da chamada MPB, como Gal Costa, eram criticados quando interpretavam canções consideradas de pouco valor artístico pela crítica hegemônica, como o caso do dueto "Um Dia de Domingo", com Tim Maia - um grande sucesso comercial composto pela dupla Michael Sullivan e Paulo Massadas, que se especializou em composições tidas como "bregas". Entre elas, "Me Dê Motivo", na voz de Tim Maia, e "Deslizes", na voz de Raimundo Fagner.
Com informações da Wikipédia.

Nota do Blog:

Sem preconceito de nenhuma natureza muito menos musical (veja as postagens quase diárias em "Fim de Noite") o blog pinçou treis cantores brasileiros (Valdick Soriano, Cauby Peixoto e Reginaldo Rossi) entre os 10 maiores clássicos bregas no Brasil, divulgados por Veja. Gostos e preferências musicais à parte, que atire a primeira pedra quem teve a oportunidade de ouvir em alguma festa uma ou as treis músicas dos vídeos acima e não tenha se envolvido e participado do momento de romantismo propiciado pela letra e música cantadas pelos treis grandes cantores brasileiros. O incontroverso é que a música é universal.

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