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terça-feira, 19 de julho de 2011

Sarney: o matusalém da política




O senador José Ribamar Sarney de Araújo Costa, ou simplesmente Sarney anunciou que deixará a política. Mas só em 2014, quando termina o seu mandado de 8 anos de senador.
Qual o sentido do anúncio agora? Só Deus sabe.

Sobre o senador do Maranhão, aliás do Amapá, sobressai-se algumas particularidades, dignas de registro:

1 - O senador é notoriamente o homem público mais expressivo e conhecido do estado do Maranhão, cuja filha Roseana, é a atual governadora. Mas, como justificar o fato do senador ser senador pela segunda vez, pelo estado do Amapá? Não há explicação que justifique o fato. Para ser candidato por um município, por exemplo é indispensável ter domicílio eleitoral naquele município, prevê a legislação eleitoral. Mas como, se Sarney reside em São Luís, no Maranhão? Pergunta difícil esta de responder.

2 - O fato configura-se no mais emblemático crime eleitoral do país, reincidente, placidamente ignorado pelos tribunais eleitorais do país e por seus respectivos magistrados.

3 - Sarney foi levado pelas circunstâncias políticas da época, 1985, a assumir a presidência da República, com a inesperada morte do mineiro Tancredo Neves, falecido em 21 de abril de 1985, antes de assumir o cargo presidencial. Sem querer, Sarney herdou sem grande esforço, o mais elevado cargo da República do Brasil.

4 - Durante seu governo, o Brasil experimentou a mais alta taxa de inflação, que ultrapassou os 80% e consumia diariamente o salário dos brasileiros.

5 - Após sair da presidência da República, elegeu-se senador pelo Amapá - e não pelo Maranhão, como esperava-se. Intelectual e escritor, o senador tem uma característica exageradamente conciliadora na base do estilo: está tudo muito bem, tudo muito bom, por maior e mais grave que seja o fato considerado, mesmo os que lhe dizem respeito como os inúmeros e sérios escândalos nos quais esteve envolvido como presidente do Senado.

Está na hora de abrir espaço político para outras lideranças. Mas ele não deixará o "céu", no modo de dizer do ex-senador potiguar Agenor Maria (falecido), antes de 2014. A não ser que até lá ele mude de idéia, o que não é nada estranho para os políticos. Vamos ver.

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