quinta-feira, 17 de março de 2011
Mensalões do DEM: e agora, José?
Senador José Agripino em dois tempos - um como denunciado e outro como denunciante
No jargão policial a expressão "a casa caiu" significa um flagrante de um crime em que o criminoso constata que não há saída e aí ele admite que a "casa" efetivamente caiu e aí ele se entrega.
A Veja On Line acaba de publicar uma entrevista com o ex-governador do Distrito Fedeal, José Roberto Arruda, apontado como o líder de uma quadrilha que comandava um esquema de corrupção em Brasília. Arruda renunciou ao mandato de Governador e acabou preso por alguns meses.
Agora resolveu falar e na entrevista dá os nomes aos correligionários que o "esculhambou" quando o escândalo veio à tona. Entre eles, nomina os senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Demóstenes Torres, a quem os chama de hipócritas.
O senador José Agripino, um combatente líder da oposição no Senado, a ser verdadeira a denúncia de Arruda, nivelou-se por baixo e perdeu a credibilidade para discursar em nome da moralidade da coisa pública, a menos que comprove sua inocência.
Mas Arruda "ajudou" com dinheiro sujo a outras lideranças tidas como insuspeitas como os senadores Marco Maciel do DEM-PE e até o insuspeitável Cristovam Buarque, do PDT-DF.
A generalização deve ser sempre evitada como forma de preservar possíveis inocentes. Mas na política brasileira, está cada vez mais difícil encontrar uma exceção no que se refere a práticas ilíticas na arrecadação de recursos para campanhas eleitorais.
A cada dia ganha força a idéia de que o ambiente político nacional, sem exceção, está contaminado. Políticos que das tribunas das casas legislativas arrotam discursos moralistas, não resistem a uma denúncia.
A política como a arte do convencimento é indispensável em uma Democracia. No Brasil, o fundo do poço ainda parecer ser insuficiente para o baixíssimo nível moral em que ela se encontra.
Haverá Reforma Política que resolva? Difícil acreditar.
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