
Está difícil para os marqueteiros oficiais do PT. Lula, por sua vez, não esconde de seus assessores mais próximos, uma certa impaciência com sua protegida pré-candidata. A cada discurso, uma gafe é cometida e algumas com alto poder destruidor da imagem, como a desta semana, quando Dilma Rousselff em entrevista simulada para seu próprio site, falando sobre Cultura e mais especificamente sobre o filme "Vidas Secas" (1963), de Nelson Pereira dos Santos, a pré-candidata à Presidência disse que a história retrata "todo o problema da miséria, da pobreza, da saída das pessoas do Nordeste pro Brasil".
Ora, quem leu o livro de Graciliano Ramos, publicado em 1938, e viu o filme, de 1963, sabe que os mesmos abordam a problemática da seca e da opressão social no Nordeste do Brasil. A fala de Dilma revela que ela parece desconhecer a história que tem como principais personagens Fabiano, Sinhá Vitória, Menino mais Velho, Menino mais Novo, a cachorra (Baleia), o papagaio, que a família come para aliviar a fome, e o soldado amarelo, que simboliza o poder do governo.
O mais grave, porém, foi dizer que os "nordestinos migravam do Nordeste "pro Brasil". Foi demais.
Os nordestinos que não desistem nunca, não devem deixar de prestar a atenção na candidata que parece não saber que o Nordeste é brasileiro.
Com a palavra, o eleitor.
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