As palavras pronunciadas há pouco na tribuna do Senado Federal teriam outro peso se se tratasse de um senador radical oposicionista. Não é. Tem grande peso sim por tratar-se de Paulo Paim, senador do PT do Rio Grande do Sul. O senador gaúcho não consegue compactuar com as manobras petistas para não votar projetos que não interessam ao Governo como o aumento dos aposentados e a extinção do fator previdenciário. "Uma falta de respeito com as pessoas que se encontram neste momento nas galerias do Senado e de lá não sairão se a Medida Provisória não for enviada pela Câmara dos Deputados para ser votada hoje aqui no Senado". O senador referia-se à medida provisória que concede o reajuste aos aposentados e a outra que extingue o fator previdenciário que voi votada na Câmara Federal mas que até hoje não chegou ao Senado, por obra de manobras anônimas para dificultar a aprovação final no Senado para que elas tenham efeito prático, ou seja, comecem a ter validade.
Em contra-partida, poucos senadores encontravam-se no plenário, fazendo com que o desabafo do senador Paulo Paim fosse praticamente solitário. Na mesa, presidindo os trabalhos, o senador Mão Santa que já presidiu mais que o dobro das sessões presididas pelo titular, senador José Sarney, do PMDB do Pará (Mas ele não é do Maranhão? É. E é também o pior exemplo de fraude eleitoral do país, permitido pelos tribunais eleitorais).
O senador Paim já não usa meias palavras para denunciar as manobras governistas e desafia quem desminta os números por ele apresentados sobre a verdade situação da Previdência Social. Com números, revela que o Governo concedeu renúncia fiscal (perdão de dívidas de grandes grupos empresariais), em valores infinitamente maiores ao que utilizará para pagamento do reajuste de 7,7% e da extinção do fator previdênciário.
Em aparte, o senador Mário Couto do PMDB do Pará, esbravejou que o maior devedor da Previdência Social é a Caixa Econômica Federal. Instituição bancária que a exemplo de outros bancos, tem acumulado elevados lucros nos últimos anos.
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