terça-feira, 19 de abril de 2011
Arsenal perigoso: 753 mil armas de fogo aguardam decisões da Justiça
O número é bastante preocupante e os dados foram levantados pelo Conselho Nacional de Justiça. Mais de 750 mil armas encontram-se apreendidas aguardando decisões judiciais. Sabe-se da lentidão da Justiça no país e o risco de tantas armas armazenadas muitas vezes em locais sem a segurança necessária. A crônica policial registra vários casos de invasão a orgãos judiciais e o consequente roubo de armas.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, defendeu a imediata inutilização ou danificação das armas, sem prejuízo dos processos penais a elas relacionadas. Esse número corresponde ao total do número de armas das polícias militares estaduais em todo o Brasil.
O Congresso Nacional, sabe-se, sofre permanentes influências dos lobbies que atuam conforme seus interesses. Muitas vezes conseguem aprovação de leis em curtíssimos prazos.
Não se tem notícias de pressões do Judiciário para a aprovação de leis sumárias que permitissem maior agilidade no encaminhamento de tais armas apreendidas, que poderiam serem destinadas à simples destruição ou até mesmo aproveitamento no melhor aparelhamento bélico das polícias estaduais que muitas vezes atuam com armas obsoletas enfrentando bandidos com armas modernas e bem mais eficazes.
Passou da hora de um debate nacional sobre o tema e não apenas recorrer a um oportunismo como fez recentemente o senador José Sarney ao defender a repetição de um plebiscito sobre o desarmamento.
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